Pensericando (com açúcar, com afeto)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

“Talvez você esteja apaixonada. Você já sonha com ele?”



A noite foi se achegando docemente. Quanto desejo eu sinto de introduzir amplos passos em meio à obscuridade, selar meu cavalo e ir cavaleando ao seu encontro. Tudo é tão simples, você pode meramente proferir um sim, tanto faz não contenta o que eu sinto.
Sonhar já não é aceitável, entretanto, a cada anoitecer, deixo-me desvirtuar por minhas fantasias, idealizo seus olhos me apreciando, sua mão sobreposta à minha, seu corpo moldado ao meu. Imediatamente, ao adormecer ou despertar sucessivamente me recordo do seu sorriso, seu nome sempre permanece registrado em meus lábios, que persistem em pronunciá-lo.  
Quiçá até lhe entregue esta folha, estes escritos com a letra de forma, bem característica de mim, dos meus sentimentos; tais como os corações desenhados por todas as partes. Estes corações que juntos formam um só. Este coração formado, que bate intensamente ao te ver, ouvir sua voz ou arquitetar sua presença.
Poderia mesmo entregar-te esta carta, somente para contemplar teu ar, tua graça, teu jeito delirante, arrebatador ao lê-la. Realmente, poderia fazê-lo, te ganhar ou perder sem equívocos, sem mais alongadas esperas. No entanto, prefiro guardar tudo comigo. Gosto do mistério que reside entre nós. Gosto de sonhar com o momento de poder te tocar, captar o balanço que experimento ao te assistir. Gosto de fantasiar o dia em que eu serei unicamente sua, o dia no qual você poderá me apanhar em seus braços e me abraçar sem receio e saciar todo meu desejo e me mostrar que te ganhei sem engano. 

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

2011...


Que chegue 2011 como um mantra. Que achegue 2011, ligeiro e vivo, cheio de energias místicas e abrigo espiritual para todos. Que todos dispostos a viver tal ano se revolvam beatos de seus princípios e aspirações.
Então venha 2011, chegue logo, avassalador. Seja intenso, válido, inspirador. Chegue imediatamente, 2011, como uma prece, transportando de 2010 tudo de chateio que ocorreu. Incida-se logo em nós, 2011, como uma fantasia confirmando bons ventos para viver. Surja convertendo tudo num eterno carnaval.
Apareça ocasionando amor, felicidade, esperança, sorrisos, fé e todas as forças positivas; que nos comprometemos a emaná-las para todos ao nosso redor.
Estamos empenhados em você 2011, juramos vivê-lo da mais perfeita forma imaginável, tornando-o inesquecível. Seja bondoso conosco, majestoso ano. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Anjos sabem do resto



Então lá fui eu. Registrei em escrita de forma teu nome em um encurtado pedaço de papel. Dobrei-o inteiro, vesti minha camisola e deitei em minha cama. Abracei o pequeno papel sobre a palma da minha mão. Apertei-o entusiasmada, na esperança de deixar teu nome impresso em mim. Não apenas em minha mão, mas em minha ilusão, meu íntimo. Oras, mas isso não é cogente, tu já tomas as maiores partes nestes.
Segui judiciosamente cada etapa de sua simpatia. Quem sabe dessa forma te sentiria junto de mim. De coisa alguma adiantou, adormeci como uma rocha confortada na grama em tarde quente. Não aliviei a pretensão de te ver.
Mas quem disse que somente meu subconsciente poderia trazê-lo para perto de mim? É claro que não, meus pensamentos o trouxeram vagarosamente para próximo de mim. Imaginei o tamanho do abraço que lhe daria ao o ver, o tanto que conversaríamos.
Tu és uma pessoa extraordinária. Nunca imaginava que um gosto em comum poderia nos tornar tão amigos. Não me dou tão bem com as palavras quanto tu, fico sem jeito de falar se é sobre ti. Teu jeito é único, até parece que nos conhecemos há anos. Talvez de outras vidas.  
Complicado compreender como conheço tua ausência sem ao menos conhecê-lo. Tudo bem, espero que os anjos saibam do resto e encaminhem meu subconsciente para junto o teu.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bem aventurado


Eu caio na gargalhada, eu rio sozinha lembrando tudo que você me disse. Penetro no clima de suas expressões batidas. Penso em uma alegoria, característica de um chocarreiro e fantasio-te dessa forma. Curioso, entretanto tudo calha adequadamente em você.
Lanço risadas extraordinárias ao ver suas fotografias. Você ainda ajuíza que é o ponto médio da natureza masculina?
Querido, você já não está mais tão garantido?! O que houve? Você se incidiu na real? O seu planeta já não estava mais tão divertido? Para onde foi a princesinha de ralos cabelos loiros? A meu ver tudo ficou fora de órbita. As criadas descobriram que não eram as tais rainhas que você dizia ser? Você ficou sozinho nesse reino imundo ouvindo Mozart e tentando ter prazer sozinho? Por felicidade era sensato que um dia isso realmente aconteceria.
Espero que você se enforque com suas gravatas, lavadas e passadas delicadamente por sua mãe. A sua indiferença já não me tem mais importância, você conseguiu fazer minha cabeça. Lembra das minhas lágrimas? Todas têm o gosto do seu desprezo, todas as palavras ditas e vistas ainda me servem como um punhal. Queria estar equivocada sobre você, mas não estou. Não dessa vez. Hoje eu sei muito bem o tipo de pessoa que você é.
Às vezes me pego arrazoando você, sinto amargura de mim mesma, você assombra meus pensamentos. Você não obteve a atenção da platéia como queria, tampouco a minha. Adeus.  

Pão de queijo



Em meio às cinzas do sonho, à madrugada regada ao lúdico, corria desabaladamente atrás de ti e do teu contexto... e do teu sorriso...e dos teus olhos. Um sentimento de ufanismo por, enfim, te ver, misturado à palpitação arquejante do meu coração cansado, que sabia de tua aflição e da iminente possibilidade de não te encontrar.

Era como ter de refazer o tempo que não veio e desabou como um castelo de cartas aos pés do destino. Remontar com garbo o sol que a chuva apagou.
Por não fazer parte de sua paisagem, sofria em saber que nada podia fazer. Ainda assim, corria, passava por tudo o que há de mais lindo, o verde dos bosques, o gorjear dos pássaros, o trilar das águas rasas, tudo era melodia para uma trilha incerta feito as nuvens do céu, que se moviam feito um ensaio de ballet a zelar pelo teu brilho intenso, que, com afinco, eu buscava.
Então, feito lábaro para minha insana vertigem, surgisse como os raios de sol que abafavam as nuvens em solo alto, cabelos cacheados a moldar um rosto lapidado graciosamente, violão em punho, cantando para o rio que parou em sua margem, prostrado silencioso a ouvir tua voz doce, sentada sobre uma pedra de feições arredondadas, feito pódio para a minha conquista.
Só precisava saber que estavas ali, era o que me permitia sonhar, e ver teus olhos formosos arqueados envoltos às sobrancelhas que sorriam sem pudor ao rio que há horas já não molhava, e inerte, apenas te olhava.
E então, transcendendo o raiar da luz do dia, sentindo o sol bater à janela, sem a nítida certeza de que ainda dormia, mas lutando incessantemente contra o despertador que insistia em me devolver à órbita cotidiana, te entregasse, violão, rio e olhos, e com um beijo doce, feito a nostalgia dos meus algodões de infância, me acordasse, e assim, com um sorriso ameno, de uma noite vagante, mas tão próxima de tudo o que se chama de delírio e felicidade, despertei sereno, sentindo gostinho de pão de queijo, talvez um pedaço mineiro de um sonho distante.

Ps.: O conto na verdade foi feito por um grande amigo meu. Postá-lo aqui foi uma forma que encontrei de homenageá-lo. Obrigada por tudo, Nando, adoro você. 
                      

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Eu não vou para o inferno... Eu não iria tão longe por você



Você é uma pessoa baixa. Francamente, não espero NUNCA mais me deparar com você. Não quero ver seu rosto, não quero ouvir sua voz. Por favor, esqueça de tudo que aconteceu no decorrer desses meses.

Eu quero que você suma da minha vida. Desapareça da mesma forma que chegou, tome um chá de sumiço e vá ser feliz na puta que te pariu. Eu abro mão, abro mão de você, de todo esse sofrimento. Abro mão dos sentimentos supérfluos e falsos que você dizia ter. Abro mão de tudo, menos de ser feliz.
Ser feliz agora é a questão. Já faz um tempo que percebi que o nosso relacionamento estava me proporcionando uma constante agonia, grandes tristezas e decepções. Devemos cortar o mal pela raiz, e agora, eu já te cortei. Você estava me fazendo mal, me sufocando. Não pense de forma alguma que tal alegria, apenas você poderá me proporcionar, pois não é. De forma alguma. Você me proporcionou durante esses meses muitos sentimentos, mas alegria em si, felicidade plena foi o que esteve em menor quantidade.
Não vou dizer que não, eu desejei você. A princípio, você me pareceu envolvente, me olhou com olhos sedutores, me tratou tão bem a ponto de me fazer acreditar que era de verdade o que me dizia. Verdades sempre vêm à tona, no pior momento.
Depois dessa situação que você me colocou, eu não espero mais nada de você. Não espero mesmo, aliás, eu não esperava que você me fizesse esse mal. Contudo, agora eu entendo de onde surgiram tantas palavras doces, tantas gentilezas. Você usava delas quando precisava de um colo, de palavras aparentemente recíprocas para inflar seu ego, para te levar às nuvens e me colocar cada vez mais no papel de lixo. Eu não sou lixo. Tampouco o que você pensa que sou. Eu sou gente, gente que respeita gente. Gente que toma cuidado com as palavras e os sentimentos dos outros. Diferente de você, eu sou humana.
O engraçado é a forma que eu pareço interessante quando te convém. Perturbador... Eu quero mais! Quero muito mais que você me proporcionou durante esse tempo. Coisa que você não sabe o que é, amor que você nunca sentiu e eu estou ocupada demais sendo feliz para te explicar.
Jamais implorarei amor de pessoa alguma, não me rebaixarei a tanto. O amor? O amor é lindo! É uma delicia ter o coração ocupado por alguém, desvendar os mistérios desse sentimento, mas não faz sentido se não tiver um amor próprio.
Finalmente, espero que entenda que os sentimentos que senti por você hoje são vazios, não existem mais, voaram, estão em outro plano assombrando as mentes férteis. Não espero que você fique bem, além do mais, não faço questão de te ver bem. Não vou mentir. Não há mais por que mentir. Acabou o show, não? Lamento tê-lo conhecido.

A verdade ralada no rosto


Perdoe-me se algum dia permiti que você duvidasse do tanto que te amava. Amava. Hoje tenho certeza que esse sentimento pode ser conjugado no passado. Eu te amei muito.
Amei-te de um jeito único. Amei loucamente, desesperadamente. Amei-te tanto com medo de te perder, que me esqueci dos meus amigos, dos meus problemas e de mim mesma. Amei-te tanto que acabei ficando aprisionada em suas teias, seus jogos, seus vai vens. Amei tanto que cheguei a perceber que não era tão boa para você. Amei e fui paciente, sincera, compreensiva para entender seus problemas e viver ao seu lado como uma pessoa boa, que só te emana bons sentimentos. Confundi-me. Depois do tal “amor duradouro” veio a desilusão, a verdade foi jogada à tona e esfregada em minha face. Tive tanto medo de te machucar e te iludir que acabei me esquecendo de cuidar da única pessoa que realmente pode me fazer feliz e me entender. Eu mesma. 

Amo-nos


Tu és tão moleque, tão inocente em teu estilo de apreciar, atuar, sorrir, contravir... Tão puro, não sabes coisa alguma que sucede enquanto a Terra revolve. Em contrapartida, tão sedutor, sabes das malicias para me conquistar, me envolver para bem junto de ti, me embriagar com tua fragrância e por fim manter-me na tua, unicamente na tua.

Tu sabes perfeitamente do que eu careço, do que eu desejo, da hora que eu aspiro e da forma que eu espero. Como?

Se tu me olhas, eu ganho o dia, se tu me entrelaças em teus braços, suspiro de desejo, amor, carinho, felicidade...

Por fim deparei com a alegria em um homem aprisionado. Prisioneiro de teus próprios erros, medos e receios. Idealizei uma formula mágica para anular toda a mandinga e improvisar um conto de fadas com um término belo (se é que há mesmo um fim).

Desde então duramos cá, nesse romance. Sem hora para revogar, sem mais temores, sem pesares ou amor antigo para deslembrar. Somente nós dois. Tu, eu.

Gosto da nossa vida, um pouco remota, com velhos costumes. Com a tua intimidação ao segurar minhas mãos quentes, teus beijos na testa e nossos antigos discos de vinil... Eu gosto, idolatro; amo!

Amo-nos. Amo a maneira que respiramos; que sorrimos; que trocamos olhares; que nos beijamos; que nos abraçamos... Amo o nosso apego, fidelidade e benevolência...

Amo te amar, amor.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Venha, garoto!


Garoto, eu te espero tanto.

Apetece-me residir em tua rua, garoto

Meus dias sem você são abatidos

Garoto, a espera é tão comprida

Apresento-te em minhas miragens

Garoto, sem mais patéticos fins,

Fique acolá, pertinho de mim

Garoto, teus apreciares são dengosos demais

Garoto, teus olhos me deixam desnuda

Ah, garoto!

Garoto, cada badalada parece uma ultravida, garoto

Não vejo o momento de esparramar no teu abraço

Debicar teus beijos, ganhar um dengo teu

Improvisar a ocasião e ir à valsa

Venha, garoto, venha!

Segrede em meus ouvidos teus bel-prazeres

Ah garoto, não pronuncie que não vem me ver

Garoto!...Eu te quero tanto

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tripé de quatro


Tinha começado a escrever um texto ontem para meus amigos, essas coisas bregas que faço sempre que chega o final do ano. Mas pensei melhor e cheguei à conclusão que vocês são dignas de algo e particular e específico. Vocês simulam um tudo para mim, tudo, tudo, tudo. Quando eu digo tudo, estou me referindo a um tudo mesmo, não é somente modo de dizer.

Os melhores anos (e os piores também) que eu vivi, eu vivi com vocês. Aliás, vivemos juntas. Nós compartilhamos tudo que vivemos JUNTAS. Vocês me viram crescendo, sonhando, amando, rindo, chorando; e eu também. Nós nos vimos bem pequenas, nos vimos amadurecendo, dando o primeiro beijo, perdendo a primeira média, tomando a primeira recuperação... Estivemos juntas nesses anos da forma mais intensa. Eu sou muito grata por isso, agradeço sempre por ter sido tudo dessa forma, por sermos tão amigas, tão verdadeiras.

Verdadeiras! Os verdadeiros surgem do nada, já ouviram isso? Se não, saibam agora. Nossa convivência brotou, praticamente. Foi como se uma florzinha nascesse no meio do asfalto. Brotou de forma ingênua, aberta e o melhor de tudo: verdadeira. Viramos amigas porque viramos, porque tinha que ser assim. Nós precisávamos e ainda precisamos uma da outra. Precisamos muito. E isso se tornou tão verdadeiro. Nossa amizade se resume nessa palavra: verdadeira. É claro que têm outras que nos descrevem muito bem. Companheirismo, carinho, respeito, brigas, afeto, segredos, cumplicidade. Gastaria todo o espaço que tenho escrevendo, se citasse tudo.

Fala sério! O que seria de uma sem a outra? Como a Aline mesma citou, somos um tripé de quatro. Já pensaram em conviver uma sem a outra? Como seria? Para imaginar, pensa em um dia de aula no qual uma de nós falta. Pensou? Agora, sinceramente? FICA CHATO! Eu não gosto, sempre parece que falta algo, falta uma de nós, o tripé desequilibra.

Como seria se não tivesse uma Izabella para escutar tudo, sempre se mostrar paciente, torcer para que tudo dê certo, jurar que tudo dará certo e nos fazer acreditar em nós mesmas? E sem uma Aline para duvidar de argumentos verdadeiros, arrancar cílios, falar das pessoas (bem ou não), machucar todo mundo com “brincadeiras” e depois dizer que nunca mais encosta? Imagine então sem uma Flavinha, sempre bem humorada, pronta para colocar todo mundo para cima, e é claro, colocar nosso pé no chão e pedir para pararmos de falar mal dos outros? Tudo bem... Agora se imaginem sem mim?! Quem falaria de homens, homens e mais homens de cinco em cinco minutos (às vezes até menos tempo) e contaria casos chatos ou divertidos?

Não seria a mesma coisa sem vocês, não faria tanto sentido se não estivéssemos juntas, servindo de complemento uma para outra. Nós nos equilibramos de uma forma invejável. De uma forma que talvez nenhuma amizade tenha se completado.

Não gosto muito de pensar sobre como será ano que vem, nosso tripé estará desfeito. Mas vocês sabem que enquanto houver amor, amizade, continuaremos nos falando, trocando experiências. Mesmo que mudemos, a amizade há de continuar. Mesmo que não tenhamos mais nada em comum, iremos nos encontrar e lembrar-se de tudo. Bem do jeitinho que foi, que era, que ficou e que será. Por favor, só vou pedir uma coisa: não se esqueçam de tudo que passamos juntas, vocês são um presente divino para mim.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cartas para você.


Hoje eu decidi falar de você sem mais nem por que. Quero escrever sem hesitar, sem inquietar-me com o que foi feito ou com o que será resolvido de agora em diante. Vim falar de você. Sem usar de um português formal ou de versos doces e expressões batidas. Apenas a verdade. Prometi a mim mesma dessa vez dizer somente a verdade.
Mas verdade sobre o que? Sobre você? Sobre nós? Sobre eu mesma? Não sei... Talvez a simples verdade sobre o sentimento que floresceu no decorrer desses meses. Você me inspirou belos textos e poesias - basta mexer um pouquinho no blog e verá. Você foi o causador de sorrisos, choros, preocupações, ansiedades. Foi você quem fez tudo florescer, quem mudou a minha maneira de enxergar certas coisas, etc. Não estou exagerando, juro. Foi você quem me fez sorrir nos momentos de dificuldades, me ofereceu um ombro amigo quando pessoas mais próximas viraram as costas. Você fez tudo isso por mim e para mim. Nunca deixei de dizer isso, mas insisto em repetir: obrigada.
Sei que lhe devo mais que um simples “obrigada”. Devo-lhe admiráveis palavras, belos sorrisos, olhares indiscretos, abraços apertados e tudo de melhor. Você foi tudo. Uma parte linda e colorida da minha vida. Adorei tê-lo conhecido dessa maneira, mas seria mentira se dissesse que estou verdadeiramente bem. É claro que seria mentira, eu estou deixando ir embora uma pessoa tão extraordinária. Não que você se vá de vez, mas aos poucos tudo pode se tornar tão raro... Não me arrependo de ter dito aquelas palavras ontem, mas não peguei no sono pensando em tudo que seria resolvido, no que você estaria pensando.
Você é uma pessoa linda. Sei que já deve estar cansado de ouvir sempre isso, mas é a verdade, oras. Você é lindo, seu sorriso é maravilhoso, sua voz é apaixonante. Sem falar no seu olhar, no seu levantar de sobrancelha. Magnífico, espetacular, são palavras que te descrevem modestamente.
De fato você foi um dos caras mais incríveis que conheci até hoje. Passou como um furacão na minha vida, me fez acreditar em tudo de novo, me fez soltar maravilhosos sorrisos e gargalhadas. Sorri por você e para você, me desdobrei para ver ao menos um esboço de sorriso no seu rosto e por um tempo fiz minha felicidade depender disso, dessa sua risada mais gostosa. Não sei como terminar, então, mais uma vez: obrigada, obrigada, obrigada!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Exclusivamente você


Hoje eu despertei cedinho, antes mesmo do sol. Para ser mais sincera, nem cerrei os olhos direito. Desde segunda-feira estou aguardando chegar domingo para te ver adocicar na minha boca. Desde segunda estou esperando ansiosamente para fitar seu sorriso, sentir seu doce hálito no meu pescoço e te ter nas mãos. Estou insana de cobiça, minha boca garoa mel.

Que saudade, amor. Sua companhia é o maior presente que eu poderia receber. Uma semana é tempo demais para pulsar sem você por perto.

O sol se montou apresentando mais uma aurora. Imediatamente pulo da cama e vou para o chuveiro. Penso em mil fantasias, no que dizer e fazer quando te achar. Adoto meu mais perfeito sorriso e lanço pelos aposentos do edifício minha fragrância. Bastará suportar um tempo para transformar-se no nosso aroma pelo ar.

Há coisas em você que me perpetram tão bem. Existe uma reciprocidade entre nós dois, uma afeição invejável. Eu te adorarei de segunda a segunda, até domingo chegar para que meus conflitos e inquietações cotidianas sejam apaziguados pelo seu semblante impecavelmente maravilhoso, sua voz em ligeiro tom de veludo, seus olhos de moleque e seu rosto de perversidade, de homem que enlouquece qualquer mulher. Você tem um jeito singular, você é arrebatador, é meu melhor amigo e meu amor.

Você me proporciona momentos exclusivos... Amo quando você convoca para que eu fique reservada e faz cara de desentendido. Adoro seu ar de reproche, quando fala que eu não valho nada, mas mesmo assim pega na minha mão à noite para irmos dormir juntinhos, abraçadinhos, de conchinha; acoplados um ao outro. Gosto quando você me dá palestras, me leciona a viver a partir de suas teses.

Eu gosto de você bem desse jeito que você é. Gosto de você desde o primeiro dia que te vi, com aquela blusa branca e um jeans desbotado, tão despreocupado que me deixou curiosa. Ar de quem não procura um compromisso, como no primeiro dia de carnaval, no qual até quem está namorando passa a ser solteiro. Você é misterioso. Deixa-me o dia inteiro esperando uma ligação que em contrapartida só é recebida no final do dia, de madrugada, quando você já está deitado fazendo sabe-se lá o que.

Você briga comigo e diz que não foi coisa alguma, me abraça e me beija, fazendo-me deslembrar que sou uma ingênua mortal e tenho problemas. Você é você, exclusivamente, unicamente VOCÊ. O meu amor, meu príncipe perdido, desvairado, vindo de outros mares, confiado notadamente para mim, moldado para cobrir meus defeitos e completar minhas virtudes.

Obrigada, carrego-te comigo onde quer que vá, anjo de asas coloridas... (meu portal para um universo paralelo, antes desconhecido, talvez ignorado)

A casa esconderijo da realidade


Já são 19h30min, com esse horário de verão o Sol rabugento insiste em permanecer a pino por mais tempo, deixando a Dona Lua chateada, por demorar mais para chegar com sua doçura como um queijo, iluminando as estrelas e tudo ao seu redor. Os pássaros passam apressados, indo para suas moradias levar comida para seus filhos e esposas, que os esperam ansiosamente com saudades. A cigarra canta em triste tom uma melodia que serve como um embalo para os bois serem levados até o cocho, guiados por belos cavalos pampas com as crinas balançando pelo ar.

A panela de pressão solta pela casa um delicioso aroma. Logo o amado vai chegar faminto, depois de um dia cansativo. Tirara tanto leite da vaquinha de três tetas que hoje à noite teria doce de leite feito no fogão à lenha para a sobremesa.

E quanto às crianças que brincam no quintal?! Quanta leveza em cada gesto, quanta ingenuidade. Os peões rodam pela terra batida e a lagoa é apedrejada por coquinhos baba-de-boi que são arremessados de longe numa competição para ver qual alcança maior distância.

A bela moça de tranças grossas fica abiscoitando tudo pela janela de seu quarto, enamorando o filho do caboclo da fazenda vizinha. A moça usa um vestido rosa de renda até os joelhos que sua mãe costurara com toda delicadeza. A velha sogra permanece sentada no sofá da varanda a tarde toda, com saudade de seu amado que depois da vaquejada nunca mais apareceu. Costura para esquecer as tristezas e não deixar a depressão que é coisa de gente fraca chegar para fazer uma visita. Tece tantos cobertores majestosos, que servem de abrigo nas noites de roda de viola para os compadres ficarem aquecidos envoltos da fogueira enquanto saboreiam uma bela costela de boi na brasa ou a canjica feita pela moça namoradeira. O camarada chega do vilarejo vizinho para a tal roda de viola que acontece a cada 15 dias, ou quando o boi já está no ponto para virar comida. A roda de viola, onde o compare comparece para cantalorar junto de seus comparsas tomar uma pinga da boa e enamorar a moça bonita das grossas tranças.

As cartas invadem a sacola do carteiro, que peregrina loucamente pelo vilarejo, distribuindo noticias, dizendo dos bons ventos que chegarão. Moça namoradeira, toda manhã espera o carteiro debruçada na porteira. Espera receber as cartas de seu admirador, em letras de forma dizendo: "Estou louco para ver-te novamente. Engorde os bois, pois quero ver-te logo, não consigo me conter de saudade. Se a minha falta não couber dentro do teu peito, escreva uma carta para mim, mande rápido um monte de beijos para relembrar aquelas noites e me espere na sua janela, quero tocar uma palhinha para você enquanto não chega sua idade para eu me apresentar oficialmente para teu pai e pedir tua mão. Beijos, morena!"

[...]

As estrelas se principiam a cair. Bela lua, finalmente chega trazendo o luar, o frio... Um vento gélido que suplica um aconchego, um sorriso, brilho no olhar, uma prosa boa e uma generosa fatia de queijo preparado pela mulher do leite da vaquinha acompanhado do café quentinho.

Oh, como é boa essa vida da roça. O forró é do bom, a pinga é da brava. Boa e simples vida, ò compadre, essa é a vida que ocês da capitar precisa.

Uma casa esconderijo da realidade, das balas, que antes de mel, hoje de chumbo. Uma casinha de sapê, com a panela de pressão domingo de manhãzinha exalando o aroma de carne de porco, as corujas testemunhando olhares, apertos de mãos que se entregam, ilegais... E os bem-te-vis anunciando a chegada de mais um dia de trabalho no campo, seguido de um cochilo na rede ou de uma pesca com minhoca no anzol e um cigarro de palha fedorento no canto da boca.

Venham de bom grado, visitantes são sempre bem vindos na casa esconderijo. A casa da árvore sempre tem uma cama para os visitantes refugiados coberta pela colcha tecida de remendos, juntos da saudade da velha. O cheiro de terra molhada em meio uma tempestade e a iluminação com grandes tochas de querosene quando os bambuzais batem na rede elétrica fazendo a luz acabar e os banhos com a água esquentada na panela de barro no fogão à lenha, depois distribuída pelo corpo nas canecas, fazendo-o arrepiar inteiro e sentir o frio chegar à espinha.

Venha, pode vir... Todos precisam caminhar por um jardim em flor, fugir da violência, do caos da cidade. Traga o final de semana da roça para seu coração, sua mente, sua rotina e viva a vida intensamente, com simplicidade, do melhor jeito que pode ser vivida.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A varanda


A varanda protege o majestoso casal em tarde quente de primavera. A varanda em que os pássaros vão buscar migalhas da broa de fubá feita atenciosamente pela velha. A varanda em que os moleques brincam descalços. A varanda que ouve as prosas alheias, sem abafar um ínfimo detalhe. A varanda onde o ar cruza depressa, improvisando graça para as folhas secas que caem da árvore ao lado. A varanda que abriga a noite e os belos pés saltitantes.

Suntuosa varanda, sempre corajosamente posta para resguardar seja quem for. Corajosa varanda transforme-me em ti. Faça-me desse modo. Faça de meu coração uma varanda, na qual possa abrigar calorosamente toda e qualquer pessoa ou objeto. Encha-me de simpatia e simplicidade para que os outros se aconcheguem e sintam-se em casa. Faça-me e cometerei o pecado de fazer tudo abrolhar mais belo.

Oito ou oitenta


Antes da noite, que venha a tarde.

Antes que eu enlouqueça, que você esteja do meu lado!

Antes do completo, a metade.

Qual artifício é maior?

Antes da bondade, a outra parte de nós.

Antes do amor, a dúvida.

Antes do beijo, um abraço.

Antes do certo, o duvidoso.

O que vale mais a pena?

Antes do recomeço, um encontro.

O que te interessa mais?

Antes de você, o que mais importa?

Antes do final, as dificuldades.

Antes da resposta, a curiosidade.

Antes do aperto de mão, uma troca de olhares,

Antes da calma, um vulcão

Antes do sol, a chuva.

O que te chama mais atenção?

Antes que o tempo lhe carregue, antes que seja tarde demais...

Oh, lua


A lua fora culpada por eu ter lhe experimentado. Quanta audácia! A lua cometeu um crime espantoso junto de suas fiéis estrelas e fez-me descobrir teus bondosos olhos verdes em meio tantos corpos.

Veja como tu estás luminoso! Teus encantos me lideram!Adicionar vídeo

Ainda lhe ouço em minhas fantasias, dizendo-me bem desse modo: abrace-me logo, preciso do teu calor!

Quanta petulância! Quem tu pensas que és para atingir meu coração como Colombo chegando às Índias?

Quem lhe disse que eu ambicionava tua presença?

Tudo bem, você me derrotou.

Não estou me policiando mais, estou prontamente refém de seus atrativos.

Sim, permaneço ao teu fluxo, lhe pertenço!

Outra vida


Não quero nem pensar. Não quero refletir sobre idealizar outra vida em que você não esteja presente. Não tem como, finalmente consegui compreender a magnitude do bem que você me faz e no tanto que estou focada em você.

Quiçá num outro plano nascêssemos novamente. Eu faria questão de mudar minha rota, atravessar mares e mares e me transformar no que te agrada... Exclusivamente para te incluir novamente nos traços da minha mão; faria tudo precisamente similar ao que estamos fazendo agora.

Trar-lhe-ia vagarosamente à minha vida, deixaria o tempo mostrar quem realmente somos. Olharia em seus olhos sempre ao falar contigo, ligaria ao ver algo que me lembrasse você; faria o sentimento ir florescendo aos poucos até chegar num ponto em que um não conseguisse mais respirar sem a presença do outro. Por que não? Não vejo mal algum em repetir tudo que estamos fazendo agora, estamos cada vez mais entrelaçados...

Embora não possa fazer isto, penso em cuidar de ti; da sua vida. Vigiar seus pensamentos e me acrescentar neles, como um astro fora de órbita.

Fugiria para o mar com você e seriamos cobertos pelas estrelas. Embora pareça que estamos apenas contando histórias de amor, poucas pessoas vêem o quanto é difícil comparar nosso sentimento com qualquer coisa que exista no mundo. Nosso sentimento é fantasiado, sublime, inventado. Ninguém dirá que é tarde demais. Apenas nós dois sabemos do que acontece entre a gente.

"Nosso amor é nossa cama, não empreste a ninguém, não"


Não me solicites que olvide, recuse ou renuncie-me a sentir tudo isso. Eu não irei. De jeito maneira. Não vou mais ambicionar pessoa alguma agora que encontrei quem alcança minhas virtudes, me faz faiscar e improvisa uma bela canção de amor. Uma balada com mariposas na barriga e interior saltitante.

Pronunciei adeus aos anoiteceres gélidos de solidão. Abiscoitamos um admirável costume de estar perto sem estar. Saiba que é isso que nos conserva, a nossa conivência nos fortalece a cada dia mais. Sou toda de olhares, palavras, sorrisos, afetos e ligações... Sou toda sua, sua e de mais ninguém. E você é meu. Eu te apresento num aspecto que sei que nenhuma outra senhora poderá possuir. Nem similar, quanto menos idêntico.

Justamente por isso guardo-te em calado. Nem todos podem saber do meu amor. Tu conheces o mau tom to alheio. Não há coisa alguma que possa nos resguardar, nosso amor é imaginado, é abstrato. Amor invisível aos olhos dos distantes. Permaneça, então, meramente mantendo-nos em mistério, pois o resto se ajusta.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Deixe a lembrança


Eu amei muito você, sei que nunca disse isso, mas você também não, então eu pensei que tudo ficava subentendido, nós nem sabíamos o quanto nos desejávamos. Se você tivesse ligado essa noite como prometeu teria lhe contado algumas coisas que não teria coragem de escrever aqui... Uma mentira boba, meio impossível, mas que nos sustentou durante esse tempo. Nunca te contei sobre isso, não sei por que, talvez por vergonha ou medo, quem sabe... É claro que estes ínfimos detalhes não fazem mais importância agora que você se foi.

Semana passada disse que sonharia com você, por ironia do destino, realmente o fiz. Sim, eu sonhei com você e te vi bem perto de mim. Pude sentir-te afagando meus cabelos. A essa altura não sabia mais se estava sonhando ou imaginando. Ultimamente passo dias imaginando, sonhando em te encontrar, pensando no que fazer ou falar, pode parecer bobagem, mas acho que um dia; quem sabe possamos nos encontrar entre as esquinas.

Eu não me esqueci de ti, não consegui tirar a imagem do seu rosto dos meus pensamentos e as palavras que me disse. Não me esqueci que amanhã é dia 23 e do significado que esse dia tem (ou tinha) para nós. Eu não PODIA esquecer, claro que não. É impossível esquecer, ao menos agora. Pode ser que amanhã, semana que vem, daqui um mês ou um ano eu nem lembre mais, mas hoje a saudade, a vontade de te ver, escutar sua voz está martelando loucamente dentro de mim.

Não sei se está certo conjugar esse sentimento no passado, porque eu não deixei de gostar de você, o apego não foi embora e nem vai assim de um dia para o outro e se o seu já saiu voando é porque foi sustentado apenas por palavras e coisas que na verdade nunca existiram. Mas quem sou eu para te julgar dessa maneira?

É claro que agora eu sinto falta de um colo que não tenho mais, de palavras que se tornaram letra morta e de mais mil coisas que não valeriam à pena ser citadas aqui. Esperamos muito e não correspondemos a isso. Sinto muito se um amor a dois não foi suficiente para nós.

Eu realmente sinto muito, mas não mudaria nada, foi tudo lindo, completo, simples, direto, complexo... Não existem palavras. Infelizmente não encontrei uma palavra que descrevesse de forma direta o que somos, ou fomos. Complico-me com o passado e o presente. Hoje nós vemos que as coisas não foram bem do jeito que imaginávamos que seriam, ou que sabíamos que não seriam, mas insistíamos em pensar que se ajeitariam e no dia seguinte estaríamos bem e felizes, como sempre mentíamos.

Aprendi, acho que em partes com você mesmo que não devemos prosseguir com algo que sabemos que não terá futuro, que não dará certo. Nós dois sabemos que é provável que se eu estivesse continuado aqui (ou você) as coisas acabariam da mesma forma, ou não. Não quero pensar muito para não voltar atrás, ver um feixe de uma possível reconciliação. Sabemos que doeria muito mais (você nem imagina o quanto está doendo, doendo muito, intensamente, demasiadamente). É melhor escapar mesmo, covardemente, deixando apenas uma lembrança, dando um sorriso ao lembrar. É melhor, melhor que acabar com tudo de uma vez só.

Tudo vai passar, pode ter certeza. Foram-se os efeitos dramáticos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

You got me


Lembra uma vez que estávamos conversando e eu perguntei por que você ainda pensava em ficar ao meu lado?! Pois bem, aquela conversa me fez pensar melhor sobre nós dois, e eu cheguei à conclusão que tudo que você disse era recíproco.

Eu quero ficar pertinho de você não só por um motivo, mas por um MONTE deles. Você tem a medida certa de coisas que me faltam, faz meu coração pulsar mais rápido, me faz sorrir, me passa confiança, etc, etc (é claro que não caberiam em uma folha de papel as suas qualidades). Não sei se isso é verdadeiramente bom, mas você confirmou o que eu disse há algum tempo. Realmente, existem pessoas, casais, amigos, amantes que conseguem ser mais rápidos que a saudade, que os quilômetros que os distanciam, que a correria do dia-a-dia e os outros mil obstáculos que se tornam pequenos quando comparados ao valor que um dá ao outro.

Você me mostrou que tudo valeu à pena. Aquela noite na praia não poderia ter sido melhor, tampouco diferente. Foi tudo lindo daquela forma. Hoje tudo isso faz uma sintonia imensa no que somos.

Recordo-me que naquela mesma noite comentei com alguns amigos que havia conhecido um cara. Enganei-me. A verdade é que eu não conheci um cara, apenas. Eu conheci “O CARA”.

Ei, você consegue ver a sorte que eu tive?! Foi como se eu tivesse acertado todos os números da mega-sena, mas em contrapartida só poderia pegar o prêmio aos poucos, para não ficar perigoso de não saber usá-lo e perde-lo todo de uma vez só.

É claro que no inicio não gostei, bati o pé e disse que queria tudo de uma vez só, que não me contentaria em ir recebendo o que seria meu aos poucos. Depois eu vi o porquê daquilo, vi como é gostosa a arte da conquista, “truque do desejo”. A cada dia que passa te quero mais. É como “ter a coisa mais importante do mundo sem possuí-la”. Você me tem. Nunca gostei muito de admitir isso, mas o coração nem precisou pedir licença. Você me tem de um jeito irreverente, de um jeito que nenhum cara teve ou terá (assim espero). Você tem mais que “meu corpo”. Você tem meu coração, meus pensamentos, meu amor e meus desejos mais ocultos. Você está presente dentro de mim, conjugado no passado, presente e futuro.

“I can’t pretend thought I try to ride, I like you. I like you...”

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Encontre-a... No mar


Então ele a lança aquele olhar que só eles sabem. Ele a olha com aqueles olhos de jabuticaba, como quem tem todas as respostas de seu universo particular. Ela diz que não, mas adora quando ele a liga para mandar beijos, somente. Ela gosta de escutar suas asneiras e o som do seu violão.

Não é de se acreditar, mas ela passou a noite toda deitada sobre a rede, olhando as estrelas e escutando o som das batidas das ondas do mar. Ele estava há quilômetros de distância de sua amada, tocando cordas soltas do seu violão, imaginando-se ao lado dela, sentindo seu doce perfume, cantando uma canção de amor.

Ele trocaria o paraíso para escutar sua voz sussurrando palavras de amor ao pé de seu ouvido. Ele queria, precisava vê-la. Ele precisava dizer tudo que estava entalhado em sua garganta, dizer que não queria viver sem ela, que não queria deixar de estar ao lado dela, que se os dois fossem um só poderiam ser mais rápido que a saudade e menor que os quilômetros que distanciavam um do outro. Como ele desejava tê-la por perto...

Ele fugiu para o mar. Não agüentava mais ficar um dia sequer sem vê-la. Será que ela estaria lá? E se ela estivesse com outro alguém em seu lugar? Não importava. Só de pensar que veria seu rosto já estaria feliz.

Finalmente ao chegar a vê por entre a areia. Brincando com o vento que batia em seus cabelos, molhando devagar o pé nas ondas que vinham saudá-la.

Ele não conseguia controlar sua emoção, não precisava. Quando ela o vê, corre ao seu encontro. Ela abre um sorriso e diz: que bom você veio.

Ele não consegue falar nada, então ela pega sua mão e o convida para dar uma volta. Obediente ao comando, ela o leva docilmente ao longo da praia. Sem dizer uma palavra sequer. Estava tudo subentendido, novamente.

Ela o leva a um lugar fantástico, para em sua frente e balbucia com a cabeça baixa: eu nunca me esqueci de ti.

Estarei aqui na volta


“Vou parar de querer-te apenas quando parar de respirar”. Foi a última coisa que lembro-me claramente surgindo da tua boca antes de toda desordem. Tu parecias saber perfeitamente o que estava fazendo. A maneira que articulavas teus versos não me deixava um feixe sequer para contrapor com argumentos ignorantes.

Tu questionavas-me por que eu não desistia de ti, de imaginar nós juntos. E sorria, mostrando todos os dentes quando eu dizia que não valia à pena; que preferia sofrer as conseqüências desse insano amor.

Quanto tempo perdido, quantas palavras em vão... Por vezes disse que havia me esgotado de todo meu ser, que não queria tomar conhecimento sobre tuas apologias, ouvir tua voz ou ver teu rosto. Dizia que não defendia que meus olhos, ouvidos, e cada minúsculo nervo de meu corpo fossem dignos desta patifaria que por vezes eu mesma criei. Tentava dizer inúmeras vezes para meu interior que merecia mais, que não iria sujeitar-me aos teus planos.

Por que eu fazia isto?! Tu sabes que na volta eu estarei aqui, esperando-te ansiosamente. Às vezes odeio-te por quase um segundo, e depois te admiro mais, te quero mais e ambiciono cada vez mais tu bem pertinho, cobrindo-se do meu cobertor, fazendo-me caricias.

Quiçá foi-se junto de nosso apego a força que nos juntou. Os anjos que nos abençoaram estão fadigados de tentar tapar os buracos de nossos corações enchendo-os de nós mesmos. Acho que agora é cada um por si. Foi-se aquele tempo em que meu mundo girava ao teu redor.

O segredo da vida é viver


Deixe esses detalhes vis de lado, deixe o sol sair anunciando a chegada de mais um dia. Ande pela noite atrás de novos sentimentos. Deixe que a vida se encarregue de cuidar do seu coração. Consinta que sua alma fique arejada. Corra, pule, cante, dance, sorria contra o vento. Carregue consigo todos os sonhos do mundo. Ame quem te faz feliz, não tenha medo de onde seus pensamentos podem te levar. Receba o que é do seu agrado. Solte sorrisos pela passarela e ame a imagem que se reflete em seu espelho. Observe as mariposas, espere as surpresas da vida. Deixe o tempo passar apressado, se encha de coisas para fazer. Faça seus dias virarem apego. Sorria sem se preocupar com o que foi feito. Não permita nunca que o amor saia voando pelos ares. Admita que o vermelho do sol invada o chão da sua casa pela janela e saia pintando seu coração. Solte purpurina pelo ar. Descanse seus pés em água gelada e deixe que o amor caia sobre nós.
Alegria!