Pensericando (com açúcar, com afeto)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tripé de quatro


Tinha começado a escrever um texto ontem para meus amigos, essas coisas bregas que faço sempre que chega o final do ano. Mas pensei melhor e cheguei à conclusão que vocês são dignas de algo e particular e específico. Vocês simulam um tudo para mim, tudo, tudo, tudo. Quando eu digo tudo, estou me referindo a um tudo mesmo, não é somente modo de dizer.

Os melhores anos (e os piores também) que eu vivi, eu vivi com vocês. Aliás, vivemos juntas. Nós compartilhamos tudo que vivemos JUNTAS. Vocês me viram crescendo, sonhando, amando, rindo, chorando; e eu também. Nós nos vimos bem pequenas, nos vimos amadurecendo, dando o primeiro beijo, perdendo a primeira média, tomando a primeira recuperação... Estivemos juntas nesses anos da forma mais intensa. Eu sou muito grata por isso, agradeço sempre por ter sido tudo dessa forma, por sermos tão amigas, tão verdadeiras.

Verdadeiras! Os verdadeiros surgem do nada, já ouviram isso? Se não, saibam agora. Nossa convivência brotou, praticamente. Foi como se uma florzinha nascesse no meio do asfalto. Brotou de forma ingênua, aberta e o melhor de tudo: verdadeira. Viramos amigas porque viramos, porque tinha que ser assim. Nós precisávamos e ainda precisamos uma da outra. Precisamos muito. E isso se tornou tão verdadeiro. Nossa amizade se resume nessa palavra: verdadeira. É claro que têm outras que nos descrevem muito bem. Companheirismo, carinho, respeito, brigas, afeto, segredos, cumplicidade. Gastaria todo o espaço que tenho escrevendo, se citasse tudo.

Fala sério! O que seria de uma sem a outra? Como a Aline mesma citou, somos um tripé de quatro. Já pensaram em conviver uma sem a outra? Como seria? Para imaginar, pensa em um dia de aula no qual uma de nós falta. Pensou? Agora, sinceramente? FICA CHATO! Eu não gosto, sempre parece que falta algo, falta uma de nós, o tripé desequilibra.

Como seria se não tivesse uma Izabella para escutar tudo, sempre se mostrar paciente, torcer para que tudo dê certo, jurar que tudo dará certo e nos fazer acreditar em nós mesmas? E sem uma Aline para duvidar de argumentos verdadeiros, arrancar cílios, falar das pessoas (bem ou não), machucar todo mundo com “brincadeiras” e depois dizer que nunca mais encosta? Imagine então sem uma Flavinha, sempre bem humorada, pronta para colocar todo mundo para cima, e é claro, colocar nosso pé no chão e pedir para pararmos de falar mal dos outros? Tudo bem... Agora se imaginem sem mim?! Quem falaria de homens, homens e mais homens de cinco em cinco minutos (às vezes até menos tempo) e contaria casos chatos ou divertidos?

Não seria a mesma coisa sem vocês, não faria tanto sentido se não estivéssemos juntas, servindo de complemento uma para outra. Nós nos equilibramos de uma forma invejável. De uma forma que talvez nenhuma amizade tenha se completado.

Não gosto muito de pensar sobre como será ano que vem, nosso tripé estará desfeito. Mas vocês sabem que enquanto houver amor, amizade, continuaremos nos falando, trocando experiências. Mesmo que mudemos, a amizade há de continuar. Mesmo que não tenhamos mais nada em comum, iremos nos encontrar e lembrar-se de tudo. Bem do jeitinho que foi, que era, que ficou e que será. Por favor, só vou pedir uma coisa: não se esqueçam de tudo que passamos juntas, vocês são um presente divino para mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário