Pensericando (com açúcar, com afeto)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

“Talvez você esteja apaixonada. Você já sonha com ele?”



A noite foi se achegando docemente. Quanto desejo eu sinto de introduzir amplos passos em meio à obscuridade, selar meu cavalo e ir cavaleando ao seu encontro. Tudo é tão simples, você pode meramente proferir um sim, tanto faz não contenta o que eu sinto.
Sonhar já não é aceitável, entretanto, a cada anoitecer, deixo-me desvirtuar por minhas fantasias, idealizo seus olhos me apreciando, sua mão sobreposta à minha, seu corpo moldado ao meu. Imediatamente, ao adormecer ou despertar sucessivamente me recordo do seu sorriso, seu nome sempre permanece registrado em meus lábios, que persistem em pronunciá-lo.  
Quiçá até lhe entregue esta folha, estes escritos com a letra de forma, bem característica de mim, dos meus sentimentos; tais como os corações desenhados por todas as partes. Estes corações que juntos formam um só. Este coração formado, que bate intensamente ao te ver, ouvir sua voz ou arquitetar sua presença.
Poderia mesmo entregar-te esta carta, somente para contemplar teu ar, tua graça, teu jeito delirante, arrebatador ao lê-la. Realmente, poderia fazê-lo, te ganhar ou perder sem equívocos, sem mais alongadas esperas. No entanto, prefiro guardar tudo comigo. Gosto do mistério que reside entre nós. Gosto de sonhar com o momento de poder te tocar, captar o balanço que experimento ao te assistir. Gosto de fantasiar o dia em que eu serei unicamente sua, o dia no qual você poderá me apanhar em seus braços e me abraçar sem receio e saciar todo meu desejo e me mostrar que te ganhei sem engano. 

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