Pensericando (com açúcar, com afeto)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bem aventurado


Eu caio na gargalhada, eu rio sozinha lembrando tudo que você me disse. Penetro no clima de suas expressões batidas. Penso em uma alegoria, característica de um chocarreiro e fantasio-te dessa forma. Curioso, entretanto tudo calha adequadamente em você.
Lanço risadas extraordinárias ao ver suas fotografias. Você ainda ajuíza que é o ponto médio da natureza masculina?
Querido, você já não está mais tão garantido?! O que houve? Você se incidiu na real? O seu planeta já não estava mais tão divertido? Para onde foi a princesinha de ralos cabelos loiros? A meu ver tudo ficou fora de órbita. As criadas descobriram que não eram as tais rainhas que você dizia ser? Você ficou sozinho nesse reino imundo ouvindo Mozart e tentando ter prazer sozinho? Por felicidade era sensato que um dia isso realmente aconteceria.
Espero que você se enforque com suas gravatas, lavadas e passadas delicadamente por sua mãe. A sua indiferença já não me tem mais importância, você conseguiu fazer minha cabeça. Lembra das minhas lágrimas? Todas têm o gosto do seu desprezo, todas as palavras ditas e vistas ainda me servem como um punhal. Queria estar equivocada sobre você, mas não estou. Não dessa vez. Hoje eu sei muito bem o tipo de pessoa que você é.
Às vezes me pego arrazoando você, sinto amargura de mim mesma, você assombra meus pensamentos. Você não obteve a atenção da platéia como queria, tampouco a minha. Adeus.  

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