Pensericando (com açúcar, com afeto)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Anjos sabem do resto



Então lá fui eu. Registrei em escrita de forma teu nome em um encurtado pedaço de papel. Dobrei-o inteiro, vesti minha camisola e deitei em minha cama. Abracei o pequeno papel sobre a palma da minha mão. Apertei-o entusiasmada, na esperança de deixar teu nome impresso em mim. Não apenas em minha mão, mas em minha ilusão, meu íntimo. Oras, mas isso não é cogente, tu já tomas as maiores partes nestes.
Segui judiciosamente cada etapa de sua simpatia. Quem sabe dessa forma te sentiria junto de mim. De coisa alguma adiantou, adormeci como uma rocha confortada na grama em tarde quente. Não aliviei a pretensão de te ver.
Mas quem disse que somente meu subconsciente poderia trazê-lo para perto de mim? É claro que não, meus pensamentos o trouxeram vagarosamente para próximo de mim. Imaginei o tamanho do abraço que lhe daria ao o ver, o tanto que conversaríamos.
Tu és uma pessoa extraordinária. Nunca imaginava que um gosto em comum poderia nos tornar tão amigos. Não me dou tão bem com as palavras quanto tu, fico sem jeito de falar se é sobre ti. Teu jeito é único, até parece que nos conhecemos há anos. Talvez de outras vidas.  
Complicado compreender como conheço tua ausência sem ao menos conhecê-lo. Tudo bem, espero que os anjos saibam do resto e encaminhem meu subconsciente para junto o teu.

Um comentário: