Pensericando (com açúcar, com afeto)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Encontre-a... No mar


Então ele a lança aquele olhar que só eles sabem. Ele a olha com aqueles olhos de jabuticaba, como quem tem todas as respostas de seu universo particular. Ela diz que não, mas adora quando ele a liga para mandar beijos, somente. Ela gosta de escutar suas asneiras e o som do seu violão.

Não é de se acreditar, mas ela passou a noite toda deitada sobre a rede, olhando as estrelas e escutando o som das batidas das ondas do mar. Ele estava há quilômetros de distância de sua amada, tocando cordas soltas do seu violão, imaginando-se ao lado dela, sentindo seu doce perfume, cantando uma canção de amor.

Ele trocaria o paraíso para escutar sua voz sussurrando palavras de amor ao pé de seu ouvido. Ele queria, precisava vê-la. Ele precisava dizer tudo que estava entalhado em sua garganta, dizer que não queria viver sem ela, que não queria deixar de estar ao lado dela, que se os dois fossem um só poderiam ser mais rápido que a saudade e menor que os quilômetros que distanciavam um do outro. Como ele desejava tê-la por perto...

Ele fugiu para o mar. Não agüentava mais ficar um dia sequer sem vê-la. Será que ela estaria lá? E se ela estivesse com outro alguém em seu lugar? Não importava. Só de pensar que veria seu rosto já estaria feliz.

Finalmente ao chegar a vê por entre a areia. Brincando com o vento que batia em seus cabelos, molhando devagar o pé nas ondas que vinham saudá-la.

Ele não conseguia controlar sua emoção, não precisava. Quando ela o vê, corre ao seu encontro. Ela abre um sorriso e diz: que bom você veio.

Ele não consegue falar nada, então ela pega sua mão e o convida para dar uma volta. Obediente ao comando, ela o leva docilmente ao longo da praia. Sem dizer uma palavra sequer. Estava tudo subentendido, novamente.

Ela o leva a um lugar fantástico, para em sua frente e balbucia com a cabeça baixa: eu nunca me esqueci de ti.

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