Pensericando (com açúcar, com afeto)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A varanda


A varanda protege o majestoso casal em tarde quente de primavera. A varanda em que os pássaros vão buscar migalhas da broa de fubá feita atenciosamente pela velha. A varanda em que os moleques brincam descalços. A varanda que ouve as prosas alheias, sem abafar um ínfimo detalhe. A varanda onde o ar cruza depressa, improvisando graça para as folhas secas que caem da árvore ao lado. A varanda que abriga a noite e os belos pés saltitantes.

Suntuosa varanda, sempre corajosamente posta para resguardar seja quem for. Corajosa varanda transforme-me em ti. Faça-me desse modo. Faça de meu coração uma varanda, na qual possa abrigar calorosamente toda e qualquer pessoa ou objeto. Encha-me de simpatia e simplicidade para que os outros se aconcheguem e sintam-se em casa. Faça-me e cometerei o pecado de fazer tudo abrolhar mais belo.

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