Pensericando (com açúcar, com afeto)

sábado, 8 de maio de 2010

História de verão


A tarde já parecia nos avisar sobre tudo que iria acontecer à noite. O sol tocava sua face levemente, meus olhos brilhavam e buscavam encontrar os teus. As formigas continuavam a trabalhar, de grão em grão, faziam sua casinha. Os pássaros cantavam para espantar a dor e os gados pastavam sem pensar no amanhã. O calor estava nos sufocando então a cachoeira aliviou nossa tensão. Seus braços fortes se envolveram sob a minha cintura e formou um laço perfeito. Corremos feito crianças pelas estradas de terra, senti a liberdade que me faltava até então. Você pegou uma flor e a arrumou em meus cabelos. Deitamos na rede e ficamos escutando o barulho das águas batendo na rochas, sentindo o vento brincando com nossos cabelos. De repente as estrelas caíram no céu. A lua parecia um queijo, não precisava de muito para sair voando e te carregar comigo. Fizemos uma roda de cantiga envolta da fogueira na qual todas as canções cantadas lembravam você e eu. Nossas relações se fortaleceram. Sim, eu tive a certeza que aquele era um amor pra vida toda. Ao menos dentro do meu coração, sempre existiria, sempre estaria vivo. Porque mesmo hoje, tempos depois, eu me lembro. Lembro sim como se fosse ontem de como tudo aconteceu. Como tudo era, como tudo foi e como tudo ficou. Se sinto saudade? Sim, eu sinto. Pra quem disse que amor de praia não sobe serra? Nosso caso dentre todos, tenho certeza que foi o mais bonito e significante.

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