Pensericando (com açúcar, com afeto)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nem todo riso é eterno


Às vezes é difícil de entender o porquê das coisas acontecerem assim, às vezes demoramos a compreender que nem tudo que chega como presente é para ser aberto. Que nem todas as oferendas serão boas coisas. Que não é porque um momento é duradouro que vai ser para sempre. Nem todas as amizades que a vida lhe dá são verdadeiras, nem todos os risos são eternos. Temos que aprender a chorar também, aliás, sempre tive um apego enorme aos meus dias tristes.
Atualmente tenho tido esses dias em excesso, tenho aprendido muito com as pessoas que me cercam, talvez eu esteja mais sensível, estou segurando minhas lágrimas, todo dia é um novo recomeço, todo dia eu me surpreendo mais com as pessoas que achei que poderia confiar. Pelo que eu vi, tudo isso foi só mais um desses "momentos duradouros". Talvez seis anos não foram o suficiente para ter uma coisa mais concreta, uma amizade verdadeira. Talvez tenha sido mesmo pouco tempo, e eu nem conheço quem são as minhas amigas. Aquelas que colocam a mão no fogo por mim. Quem sabe é só com a família mesmo que devemos contar. Quem sabe amizades verdadeiras realmente não existem e os deuses fantasiam essas história de amigos que são irmãos. Bom... Os deus são loucos e as estrelas são cegas. De onde então tiramos essa teoria que
temos de confiar nos colegas? Uma coisa é amigo, outra coisa é colega. Eu pensava que sabia quem estava comigo, mas percebi que me enganei novamente. Talvez se eu seguir o caminho das estrelas cegas lá na frente acharei um amigo. Um AMIGO, não um colega. Que abra meus olhos e me mostre o caminho certo.
De colegas eu estou cheia, agora, amigos, posso contar no dedo, acho que tenho só uns dois ou três, pode ser que esse número diminua, e é só o que anda acontecendo. Os colegas às vezes vão embora e nem nos fazem falta, às vezes é melhor pra nós mesmo, que ficar com esse peso que só nos suga o que pouco temos para oferecer.
Seja lá como for, abrigada aos meus fiéis, e meus colegas, que me absorvam, mas não preciso de vocês pra viver, muito obrigada por esses seis anos. Realmente, nem todo riso é eterno.

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