Pensericando (com açúcar, com afeto)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Talvez


Você está diferente, não tem mais o mesmo brilho no olhar. Não me liga e não rende papo. A sua voz até muda quando conversa comigo. Talvez você esteja me evitando. Quando eu pergunto, você diz que está tudo bem, mas nós dois sabemos que não está. Então, tudo bem, da próxima vez eu vou tentar ser bem melhor para nós dois. Mas me parece que esse seu talvez sempre é nunca, é sempre um não. Eu nunca tenho uma opção. Talvez você saiba de algo que eu não sei. Talvez você pense que eu sei de algo que você não sabe. Talvez você não esteja pronto para perdoar. Talvez você queira ir bem rápido depois devagar. Ou talvez você não queira nada...
Você está tão longe, tão perto. Tão desenvolvido e tão criança. Talvez você seja tudo que eu preciso agora, tudo que eu preciso evitar. Talvez para não perder (se é que algum dia eu já tive).
Talvez eu tenha que parar de te procurar tanto e só citar seus defeitos. Talvez eu deva ser mais compreensiva e menos ignorante com você. Talvez tudo isso seja cisma minha, ou não. Talvez tudo que eu deva fazer é esperar que o tempo passe, que a semana acabe, para que eu possa te encontrar. Olhar nos teus olhos, te abraçar e pedir perdão. Dizer que eu te amo, que você é tudo pra mim, que é meu melhor amigo. Dizer que estou arrependida e que quero concertar tudo. Tanto faz... Eu vou ser quem vai te escutar sempre. Perdão.

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