Pensericando (com açúcar, com afeto)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sobre as singulares e melancólicas coisas que restaram

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Lamento ter de permanecer sentada na areia apreciando a nostalgia das ondas dissolvendo-se abandonadas sem ti.  Sinto muito ter de ver esse mar formoso sem teu sorriso para fazê-lo brilhar intimamente. Sabes que todo local que eu vou fica infeliz sem a tua aparência, não? Busco as conchas mais luxuosas para lhe mimosear quando nos acharmos outra vez.
Tu me perpetravas feliz, me fazia sorrir, cantarolar, confiar no amor e foliar festivamente. Presentemente eu sinto saudade dos teus olhos castanhos, do nosso jeito comum e dos seus beijos doces... Sinto saudade das ondas quebrando enquanto tu fazias carinho em minha pele salgada e das noites de luar varadas pelo nosso amor. Sem contar das delirantes tardes de sol, manhãs úmidas, crepúsculos gélidos e de todos os mimos, charmes, meiguices...
Todos teus pequenos detalhes ficaram registrados em mim. Todos teus acanhados sinais, murmúrios de versos tímidos e inocentes, abraços dengosos, olhares ilegais me fazem tanta falta... Quando eu fecho os olhos, vem sem querer. Eu somente me importo com ti, apenas ambiciono saber de ti, por onde andas; com quem estás...
Além do mais, o perfume da tua pele permanece em mim. As singulares e melancólicas coisas que restaram: essa saudade latente no meu peito, a tua fragrância por todos os cantos, aquela nossa fotografia zombada, o mar que tanto contemplamos, meu olhar infeliz buscando loucamente o encontro do teu... 
Nada ficou no lugar, eu quero lhe arquivar num saquinho de armazenar confete; tu fizeste um carnaval florescer dentro de mim. Tu foras o culpado por tudo de bom, por todos os sorrisos, sonhos, gargalhadas, borboletas no estômago... E ainda hoje é o responsável por toda essa saudade, vontade de você. Uma pena que a alegoria se findou. Somente ano que vem, quiçá... 

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